Portadores de necessidades especiais de Taboão da Serra acompanhados de seus familiares e responsáveis foram à Câmara Municipal pedir a intervenção dos vereadores junto à EMTU para garantir a volta do transporte adaptado suspenso desde o mês de março. A justificativa dada pela EMTU para a suspensão do serviço foi à necessidade de adequação dos veículos para garantir a segurança no transporte das crianças e jovens atendidos pelo serviço.

Pais e responsáveis contam que a suspensão deveria durar em torno de 10 dias, mas já ocorre há quase um mês, período em que vários estudantes estão impedidos de frequentar as salas de aulas e até mesmo de realizar os tratamentos de saúde de que necessitam.

Com o plenário lotado os vereadores fizeram a lição de casa e, discursaram amplamente em defesa dos direitos das pessoas portadoras de necessidades especiais. Eles aprovaram um requerimento cobrando da EMTU a retomada do serviço. Vários deles criticaram a inércia do governo estadual em relação ao tema.

“Conheço vários pais de portadores de deficiência. Todos estão preocupados com a demora no retorno do serviço. Chegaram a oferecer um transporte emergencial, mas nem todos estão sendo atendidos”, salientou Edson Helfstein, integrante da paróquia São João Batista que levou o assunto ao conhecimento dos vereadores por meio da tribuna popular.

Cadeirante, a jovem Larissa Vitória, 16 anos, está ansiosa para estudar, mas desde o começo do ano não conseguiu vaga no transporte adaptado. Ela estava na câmara junto com a mãe e as irmãs. Na última segunda-feira a menina conseguiu ir à escola pela primeira vez no ano e não escondia a satisfação. Mesmo com dificuldade de falar ela conseguiu expressar o desejo de frequentar as aulas regularmente.

“Quero ir todo dia pra escola”, declarou.

A mãe dela, Sônia Maria Brito, contou ao Jornal na Net que só conseguiu incluir a filha no transporte emergencial depois de ameaçar procurar o Ministério Público. Agora ela luta junto com outros pais para assegurar a volta do serviço em definitivo e com a qualidade que as crianças e jovens atendidos merece.

Na primeira parte da sessão, Rosinete Menezes, do Conselho Municipal do Negro, Comnegro, questionou o fato do prefeito Evilásio Farias ainda não ter sancionado o projeto aprovado pela câmara que altera alguns artigos da lei que criou o Comnegro na cidade. O presidente da câmara, José Macário, declarou que se o prefeito não sancionar a lei vai fazê-lo.

A sessão desta terça-feira foi tranquila e para a surpresa dos presentes acabou às 22 horas. Os vereadores também sinalizaram que pretendem ampliar a mobilização a fim de assegurar a construção de um retorno na Régis Bittencourt na altura do KM 276, em Taboão da Serra. A OHL prevê a construção do retorno na altura do KM 277,7. O projeto já está em fase de aprovação pela ANTT.

Fonte: Jornal Na Net